1401 - 02Movimento de caminhões cai 1,1% em 2020, mas ABCR aposta na recuperação

Por Estradão

13/01/2020

O movimento de veículos pesados nas estradas brasileiras, sobretudo de caminhões, caiu 1,1% em 2020. Apesar da recuperação a partir de agosto, a queda anual ocorreu por causa do impacto da pandemia do novo coronavírus. Os dados são do Índice ABCR, apurado pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) em parceria com a Tendências Consultoria Integrada.

Segundo o Índice ABCR, em dezembro de 2020 o movimento de veículos pesados nas rodovias teve alta de 8,3%. Isso na comparação com o mesmo período do ano passado.

Em outras palavras, a melhora é resultado da recuperação da indústria e do comércio nos últimos meses. Logo, houve reflexo na demanda por frete. “Essa retomada contribuiu para limitar as perdas de veículos de transporte de cargas”, diz Andressa Guerrero, analista da Tendências Consultoria.

Quando observados o movimento geral de veículos (soma de leves e pesados), houve queda. O recuo foi  de 13,1% em 2020 e de 4,8% na comparação com o mesmo mês de 2019.

Segundo Andressa, o início da vacinação em massa deve melhorar o cenário macroeconômico. “Em especial no contexto de retirada dos suportes fiscais e monetários. Eles vão minimizar os efeitos da pandemia sobre o balanço de famílias e empresas”, conclui.

Resultado por região

Segundo o Índice ABCR, no Paraná o fluxo de veículos pesados aumentou 3,9% em 2020. Contudo, na comparação mensal, em dezembro houve uma queda de 9,7% ante o mesmo mês de 2019. Contudo, em relação a novembro o cenário ficou estável, com alta de 0,5%.

No Rio de Janeiro, a queda anual foi de 7,5%. E na comparação de dezembro de 2020 com o mesmo mês de 2019 a retração foi de 0,7%. Por outro lado, ante novembro a queda foi de 3,3%.

Por fim, nas estradas de São Paulo o fluxo de veículos pesados ficou menor em 2020. Assim, a queda foi de 1,7% na comparação com 2019.

Já o movimento mensal subiu. Em dezembro de 2020, houve avanço de 8,5% ante dezembro de 2019. Já na comparação com o ano anterior a variação foi de 0,1%. Ou seja, houve estabilidade.