No 7º mês seguido de alta, 'prévia' do PIB tem elevação de 0,59% em novembro
Informação foi divulgada nesta segunda (8) pelo Banco Central
Por G118/01/2020
O nível de atividade da economia brasileira apresentou expansão em novembro pelo sétimo mês seguido, segundo números divulgados nesta segunda-feira (18) pelo Banco Central.
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) da instituição, considerado uma "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), teve alta de 0,59% em novembro, na comparação com outubro. O número foi calculado após ajuste sazonal, uma espécie de "compensação" para comparar períodos diferentes.
Na comparação com novembro do ano passado, porém, o indicador registrou uma contração de 0,83%, informou o Banco Central.
Com o crescimento registrado em outubro, o IBC-Br atingiu 137,41 pontos. Com isso, ainda permaneceu abaixo do patamar de fevereiro, ou seja, de antes da pandemia (140,02 pontos).
Além disso, os números apontam para uma desaceleração no ritmo de crescimento. Em outubro, a economia havia avançado mais: 0,75% (número revisado) na comparação com setembro.
Os resultados do IBC-Br refletem os efeitos da pandemia do novo coronavírus, sentidos com maior intensidade na economia em março e abril. De maio em diante, os números mostram o início de uma reação.
Ainda de acordo com o BC:
- No acumulado dos onze primeiros meses deste ano, o índice de atividade econômica registra retração de 4,63% - sem ajuste sazonal.
- Já em 12 meses até novembro de 2020, houve queda de 4,15% – também sem ajuste sazonal.
- Segundo dados do IBGE, o PIB brasileiro avançou 7,7% no 3º trimestre do ano passado, na comparação com os três meses anteriores, mas ainda não eliminou as perdas com a pandemia;
- Os economistas das instituições financeiras projetaram, na semana retrasada, uma queda de 4,37% para o resultado do PIB e 2020;
- Em novembro, o governo brasileiro baixou a expectativa de recuo do PIB para 4,5% em 2020;
- Já o Banco Mundial prevê uma queda de 5,4% da economia no ano passado e, o Fundo Monetário Internacional (FMI), estima um tombo de 5,8% em 2020.
Os resultados do IBC-Br são considerados uma "prévia do PIB". Porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do Produto Interno Bruto.
O cálculo dos dois é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.
Atualmente, a taxa Selic está em 2% ao ano, na mínima histórica, e o Banco Central indicou, no comunicado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que pode voltar a subir os juros no ano que vem, como já é esperado pelo mercado financeiro.